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Síntese - Bolha Urbana

 

  "[...] tentando resolver os fluxos, trouxemos um esquema que tenta trazer a região já existente para dentro da área ao introduzirmos caminhos mais tortuosos, que vão se abrindo com o percorrer da caminhada até a via expressa e, após ela, volta a se fechar com caminhos por dentro da mata ciliar."

  

   Durante o último assessoramento, chegamos a conclusão que os caminhos propostos ainda não estavam passando a mensagem que queríamos. Dessa forma, para tornar a intenção de projeto mais clara ao longo da proposta, decidimos que a caminhada até a via expressa teria que ser mais evidente - vide assessoramento dos professores - o que acentuaria a ideia que estávamos tentando trazer.

Ao longo das últimas discussões entre o grupo, conseguimos passar à um nível maior de detalhe.

   Porém, a estratégia em relação à discussão sobre as interligações entre as duas partes do terreno cortadas pela via expressa se mostrou prematura, tendo em vista que ainda haviam muitos outros pontos que exigiam ser pensados antes de entrarmos nesse grau de definição.     Tais interligações são vitais para a consolidação do caminho principal, que vai da Avenida Pref. Waldemar Vieira até a via expressa, e que não pode ter obstruções, dando uma clara visão do que o usuário irá encontrar, além de uma facilidade de deslocamento.

   Por isso, para obter uma maior integração entre os moradores e a cidade e da cidade ao bairro (e suas edificações), propusemos o mínimo de alterações possíveis na estrutura já existente no local (mantendo as vias e o terminal em seus respectivos locais). A partir disso, tentamos encontrar as melhores maneiras de constituirmos uma articulação entre os espaços, como um caminho pelos dois córregos que atravessam todo o aterro e que são boas opções para, além de uma articulação, trazer uma maior vivência dos moradores com a água.

Na imagem acima, além de um croqui sobre a passagem pelo córrego, tem um outro, sobre uma grande cobertura que envolveria parte do círculo central do parque, após a via expressa. A possibilidade de implantá-la permitiria uma instalação eventual de feiras em todo o seu caminho, bem como oferecer abrigo ao Sol e à chuva para transeuntes e criar espaços mais confortáveis sobre os gramados, simultaneamente.

   Outra ideia que discutimos nos levou pensar na criação de uma passarela que tivesse uma escala tal qual o parque e todo o terreno.

   Com os cálculos de altura e comprimento, chegamos a uma passarela que teria 200 metros de comprimento para cobrir uma altura de 7 metros com inclinação de 8%, que passaria pela via expressa. Essa dimensão nos fez pensar diversas maneiras de dispô-la, mas não conseguimos chegar a um acordo sobre a colocação dos 200 metros. A maneira que foi melhor consentida foi a de começar ela a partir de uma altura de um pavimento, o que diminuiria o seu comprimento e acabaria por criar espaços que poderiam ser utilizados como instalações públicas ou como um pequeno parque interno.

   Porém, ao definir um novo elemento, muitas outras questões acabam surgindo. Como seria a entrada, já que começaria em um nível maior e quais utilizações daríamos aos novos espaços? Pouco depois de construirmos essas perguntas, nos vimos presos a uma única questão, investindo tempo e discussões em uma definição mais detalhada enquanto tínhamos outros elementos do projeto pouco ou mal definidos, como os layouts internos.

Dessa forma, procedemos ao estudo preliminar do layout interno dos módulos para compreender melhor a distribuição dos blocos, caminhos e pátios dentro e entres as edificações, com relação à circulação, iluminação, insolação e ventilação. Com dimensões iguais à 20mx20m e 10mx40m.

   Assim, decidimos resolver a insolação retirando e colocando módulos habitacionais para melhor disposição. Percebemos que, com a modulação anterior, haveria uma sobreposição de edificações de forma que algumas unidades habitacionais ficariam prejudicadas com relação à insolação ou ventilação.

   Após alguns croquis e conversas, percebemos uma intenção fundamental no projeto: trazer, com as habitações, um olhar da vizinhança e uma sensação de aconchego às áreas de lazer que ficam entre os blocos. Algo como se sentir abraçado pelos vazios entre as edificações. Para conquistar tal coisa, pensamos em trazer a circulação vertical dos blocos para o lado externo (fachadas) fazendo com que aconteça uma interação moradores x moradores e moradores x visitantes, visto que o espaço seria aberto para a utilização de todos.

Logo depois das alterações tridimensionais que se mostraram resolver grande parte do problema de insolação, resolvemos voltar ao 2D para decidir e discutir sobre todo o entorno que ainda não foi finalizado. A ideia é que, após termos avançado nessa etapa, seja possível determinar todo o layout interno das habitações e resolver as questões que requerem uma escala maior.

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